A crise econômica na Argentina tem levado a um cenário alarmante de pobreza, que atualmente afeta 15,7 milhões de pessoas, representando 52,9% da população. Esse aumento é impulsionado por vários fatores, como a inflação descontrolada, que em 2024 já ultrapassa os 124% anuais, e a crescente desvalorização do peso argentino, que reduz drasticamente o poder de compra das famílias. A situação é particularmente grave entre os jovens, com a pobreza infantil atingindo mais de 60%, e em regiões como o norte do país, onde as taxas são ainda mais elevadas.
A escalada da pobreza ocorre em meio a um contexto político complicado, com as eleições presidenciais de 2024 à porta e uma profunda insatisfação social em relação às políticas econômicas atuais. As medidas de austeridade e a falta de acesso a alimentos, moradia e serviços básicos têm agravado o descontentamento popular. Além disso, o índice de indigência (pessoas que não conseguem satisfazer suas necessidades alimentares básicas) também subiu, afetando quase 15% da população, ou seja, cerca de 4,5 milhões de argentinos.
Esse panorama de crise tem impactos devastadores na qualidade de vida, aumentando as desigualdades e criando um ciclo vicioso de pobreza que será difícil de romper sem intervenções profundas no sistema econômico e social
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